E sai um pensamento fresquinho...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Luz da Terra - Parte II


As vagas continuavam a rebentar. Arthan, sentado sob o grande carvalho tentava digerir o facto de ter chegado demasiado tarde. Levantou-se, fechou o círculo de meditação que desenhara e agradeceu ao velho carvalho tê-lo acolhido sob os seus ramos protectores e sábios.
Chamou o seu companheiro de viagem, o único verdadeiro amigo que lhe restara agora que Eilir se perdera no mar.
- Vem fiel amigo! Infelizmente seremos apenas dois na viagem de regresso. – Cormac deitara-se na depressão da vegetação onde Eilir dormira. Farejara o seu rasto e obrigara Arthan a segui-lo tão velozmente quanto a sua condição humana lhe permitia.
O cachorro não atendeu ao pedido do dono, continuou imóvel, farejando as ervas em redor, e à sua maneira, percebia-se que sofria. Arthan sentara-se então ao seu lado, e pela primeira vez na sua vida permitira-se chorar. Não chorou quando perdera a sua mãe aos cinco anos, apenas um rapazinho, tinha Eilir ao seu lado. Nem aos dez anos, quando o seu pai o abandonou para ir viver para o outro lado do país com a segunda mulher, permitiu que as lágrimas o visitassem. Tinha Eilir ao seu lado! Toda a sua vida teve Eilir ao seu lado. A melhor amiga que alguém poderia ter. A criatura mais bondosa, terna e ao mesmo tempo aventureira, que partilhava com ele o mesmo amor pelas árvores e o seu conhecimento. Que partilhara com ele as suas aulas de Natureza, de Geografia, enquanto os seus colegas rapazes apenas aprendiam a esgrimir e as amigas raparigas de Eilir aprendiam a cozinhar e costurar. Sempre se consideraram uns afortunados por lhes ter sido permitido estudar. Nunca perceberam o porquê de lhes ter sido permitido crescer de maneira diferentes das outras crianças. Após a primeira recusa dos seus tutores em lhes dar uma justificação, decidiram que simplesmente gozariam da boa sorte que lhes tinha sido dada e sentiram-se abençoados.
Agora Eilir partira! A imagem de a ver afogar-se nunca desapareceria da sua memória. Perdera a sua melhor amiga sem poder fazer nada para a salvar. E culpava-se de não ter insistido mais com ela quando a tentara ensinar a nadar. Como podia ele ser rei? Como podia ele acreditar que estava destinado a salvar o seu povo se não conseguira salvar a mulher que amava?
Não sabe quanto tempo ficaram os dois naquele lugar, imóveis e em silêncio. Apenas se recorda de ter sido puxado daquele transe pelo bafo quente, de Cormac, na sua mão. E viajou em pensamento até ao dia em que ele e Eilir o resgataram.
Cormac nascera no Beltane do ano anterior, o mais pequeno da ninhada e no entanto o único sobrevivente. Fora o sétimo cachorro que nascera da ninhada de uma cadela de caça muito famosa e premiada. A cadela morreu no parto, os cachorrinhos não teriam quem os alimentasse e o dono, apesar de muito desgostoso com a sua perda acreditou que a única coisa a fazer era acabar com a ninhada para que não sofressem com a fome. Eilir e Arthan presenciaram todo o discurso de Atron, o dono dos cachorros. Eilir aproveitou o momento em que Atron se ausentou para ir buscar a sua arma e correu a agarrar um dos cachorrinhos. Pegou no último que nascera, no mais pequenino. Arthan lembra-se de quase se ter zangado com ela por se ter intrometido e ainda por cima por ter escolhido o cachorro mais pequeno e com menos probabilidade de sobreviver.
- Vais acabar por sofrer, vais prender-te ao cachorro e quando ele morrer de fome não venhas chorar no meu ombro.
A verdade é que os dois ficaram presos ao pequeno cachorro que chupava com uma força enorme no pequeno pano embebido com leite que Eilir lhe dava. Cormac crescera depressa, em apenas um ano era tão grande que quando se colocava nas patas traseiras conseguia atingir os ombros de Arthan, que com 16 anos possui-a já um robusto e bem constituído corpo de adulto.
Com a recordação da força que o seu amigo canino teve para sobreviver inculcada no seu espírito Arthan levantou-se. Não foi preciso voltar a chamar Cormac, o cachorro fielmente seguiu o seu dono que não imaginava que se encontrava a ser observado.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A Luz da Terra - Parte I

Os primeiros raios de sol despontavam no horizonte, quando o som das vagas de espuma que rebentavam no penhasco a fez despertar. Por momentos não se recordou de nada do que se havia passado na noite anterior e o seu coração silenciosamente agradeceu à deusa o ter atendido ao seu pedido. No entanto, no pequeno espaço de tempo entre duas batidas do coração, sentiu-se. Sentiu a dor em todas as células do seu corpo, mas pior do que isso, sentiu a dor em cada pequeno recanto da sua alma. Olhou o horizonte, contemplando o sol que já nascera e se reflectia nas águas que se estendiam até perder de vista. E desejou partir, trocar tudo o que conhecia e começar de novo, num mundo novo, para lá da nona vaga. Queria renegar tudo, a sua família, a sua tribo, até os deuses, todos os que não a ajudaram quando gritara por auxílio ao ser traída pelo seu próprio povo.

Lembrara-se então de ter imaginado como seria o mar e nunca lhe passara pela cabeça que seria assim a primeira vez que o veria. Com o corpo dorido deitado na vegetação rasteira que cobria a falésia e à sombra do grande carvalho que nascera solitário naquele recôndito lugar, fechou os olhos e permitiu-se recordar a sua infância. Pensou em Arthan e em todas as tardes que passaram juntos. Em todos os sonhos que tiveram. Em todos os barcos com cascas de nozes que construíram e largaram no pequeno ribeiro onde brincavam. Sonhavam partir juntos à aventura, e ao largarem cada um daqueles pequenos barquinhos, neles partia o seu desejo de um dia verem o mar juntos.

Quando abriu os olhos descobriu que chorava. Grossas lágrimas caiam no seu colo e apercebeu-se que a sua dor era ainda maior do que julgava ser possível. Finalmente o seu coração se abrira – amava-o! Pelos deuses! Como podia uma sacerdotisa amar um homem com tanto fervor?

As lágrimas continuavam a cair-lhe e foi obrigada a concluir que fora aquele amor que despoletara a ira dos deuses, foi o amar tanto um só homem! Uma sacerdotisa deveria amar toda a humanidade, toda a natureza, a terra inteira. E o seu nome não a deixava esquecer essa obrigação que recaíra sobre ela desde o seu nascimento. Eilir, como o Alban Eilir, festival do Solstício de Primavera, sua data de nascimento. Ela era a Terra, a Sua Luz, o Seu Coração.

Com o sol a secar as suas lágrimas decidiu descer até à praia. Sentou-se na areia, com as ondas a beijarem-lhe os pés. Encheu as mãos em concha com água salgada e banhou o rosto. Sentiu o rosto e os olhos inchados, provavelmente de tantas lágrimas que chorara, e prometeu aos deuses que não choraria mais. Baniria aquele amor do coração e seria a Sacerdotisa que o seu povo precisava que fosse. E foi nesse preciso instante, quando se colocou de pé com a mão junto ao coração para finalizar a promessa, que eles se revelaram pela primeira vez.

Primeiro não passavam de estranhos reflexos na água, mas esses reflexos, apesar da ondulação do mar, tornaram-se cada vez mais nítidos, até que Eilir conseguira distinguir claramente os rostos magros de dois seres muito altos e elegantes, cujo brilho era tão forte que quase não lhe permitia que ela os olhasse. E as suas vozes, cristalinas e insinuantes, fizeram-se ouvir claramente na sua mente, repetindo-lhe insistentemente: junta-te a nós Eilir, lava o sangue das tuas mãos, mergulha… esquece… nós podemos ajudar-te a esquecer. Ele mentiu-te quando disse que te amava e traiu-te como todos os outros! E os deuses, oh, estão tão zangados… E agora nem podes chorar, prometeste que não o farias! Vem, afoga-te… É tão fácil… Vem Eilir, vem connosco!

Sabia que tinha de esquecer, sentia-o! Sabia que mesmo que pudesse chorar, nem todas as lágrimas do mundo conseguiriam apaziguar a dor que sentia, e se não a esquecesse, não conseguiria viver, não aguentaria tal provação. Mas por outro lado – não era ela a escolhida? Sentia que existia algo de terrivelmente errado em tudo o que estava a acontecer. E foi então que percebera que tinha caminhado. O mar cercara-a, viu-se rodeada de água que cada vez subia mais. O ar faltava-lhe. Não sabia nadar! Como podia ter-se deixado levar. Agora sim, os deuses nunca a perdoariam, a sua alma estava perdida. Um profundo arrependimento tomara conta de si, mas no entanto era já muito tarde, demasiado tarde. Uma última inspiração, só água entrara nos seus pulmões, e de repente fez-se noite novamente.


(em modo de escrita)

Com vontade de ler mais?

sábado, 2 de julho de 2011

Experiência















terça-feira, 14 de junho de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

quase no natal


terça-feira, 5 de outubro de 2010

"O Diário de como te esqueci"

Galway, 6 de Janeiro de 1920

Meu querido.

Hoje acordei novamente a pensar em ti. Como em tantos outros dias o meu rosto pareceu-me vermelho e inchado ao acordar. Devo ter chorado novamente enquanto dormia. Decidi voltar a escrever-te... nem imaginas como me entristece saber que nem as minha cartas chegaram até a ti agora que partiste!

Fez ontem um ano desde a última vez que estivemos juntos, e não há um único dia que não surjam na minha mente perguntas como: Estás bem? Estás feliz? Sentes a minha falta? Porque eu sinto... sinto terrivelmente a tua falta!

Tenho de confessar que a minha força me tem surpreendido, pensei que fosse quebrar, que me iria desfazer de desgosto, mas a minha vontade de te deixar orgulhoso de mim deu-me forças. No entanto continuo a ter dias insuportavelmente dolorosos, por vezes sinto-me tão só, tão perdida, tão confusa e indecisa. sem saber se devo acreditar que ainda estás vivo.

É tão difícil controlar a vontade e a necessidade de falar contigo, de falar com o meu melhor amigo, com a pessoa que me acalmava as dúvidas, me aconselhava os dias, me aconchegava a alma. Nos dias menos bons, morro de medo que não sintas a minha falta.

Não consigo aceitar que duas pessoas que se amam tanto sejam separadas desta maneira tão cruel. Apenas sei que quando te levaram, levaram também uma parte de mim contigo.

Ontem dei por mim sentada na soleira da porta das traseiras a imaginar que as criaturas do bosque me ouviam... Falei-lhes de ti, de nós... Quem sabe não te mandam a minha saudade no vento.

Antes de dormir, quando me sento e oro à lua, acendo sempre uma vela para te iluminar as noites mais negras, não quero nunca que te sintas sozinho, abandonado, porque o meu pensamento está sempre ligado a ti. E não consigo evitar pedir que esta separação termine logo, que volte a sentir os teus braços à minha volta, os teus lábios no meu cabelo enquanto me dizes que tudo vai ficar bem.

As pessoas comentam sobre o estado das coisas, sobre esta estúpida guerra e revolta-me quando dizem que este ano passou tão veloz, revolta-me porque parece-me inconcebível que não lhes pese nos corações a auséncia de tantos homens bons.

Este último ano pareceu-me uma vida. Uma insuportável vida num mundo onde não existes.

P.S. Ainda não consigo cumprir a promessa, perdoa-me.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Setembro




sexta-feira, 2 de julho de 2010

Agosto :)

Todos os meses o Mundo Marillier (um fórum fantástico sobre a autora Juliet Marillier) promove um concurso de banners, cujo vencedor encabeçará o fórum do respectivo mês... Em baixo podem ver o meu contributo mixuruca para o mês de Agosto! lol



terça-feira, 22 de junho de 2010

Venham as férias

É de dias assim que estava à espera... Trabalhos todos entregues, aulas terminadas, sol, boa companhia e nada de exames! Que venha o São João que é p'ra malta se distrair da palhaçada que são as notas que já foram lançadas!

Amanhã vai ser só marteladas! :)

E depois... fazer planos p'ras férias... Será que é este verão que escrevo um livro? lol

Divirtam-se nos Santos Populares!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Porque é que os professores marcam tudo para a última semana?

E o pior dia desta semana já passou (pelo menos assim espero), com a sua avaliação prática a Canto, o teste de Videoarte e o seu vídeo de 10min + portfólio.

Agora restam, para terminar, um trabalho teórico sobre o teatro irlandês, um portfólio sobre a dramaturgia da peça "A Promessa" de Bernardo Santareno e um portfólio sobre o projecto figurinista para a peça "O Anfitrião" de Plauto!

O que me dá alento no meio deste trabalho todo é saber que na próxima semana estou de férias!

(curto o facto de o título ser quase tão extenso como o resto do post... lol)



Fica aqui uma foto pirosinha do traje que usei no FITEI

terça-feira, 8 de junho de 2010

FITEI


No âmbito do FITEI deste ano, os alunos da ESAP vão realizar uma homenagem ao grande dramaturgo Tchecov!

A homenagem tem como título "Um eléctrico chamado Tchecov" e vai realizar-se por volta das 17h de amanhã (9 junho) em dois pontos da cidade do Porto, na praça em frente ao TNSJ e na praça em frente ao Rivoli!

É aparecer pessoal ;)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mais um pedidozinho :)



Já que estou numa de pedidos! lol :P
Ninguem quer oferecer este livrinho a mim, não? Sai dia 18 de Junho! :) Mal posso esperar para o "devorar" :)

E já agora... Aconselho vivamente a quem nunca leu nada de Juliet Marillier a experimentar... Vão ver que nunca mais querem outra coisa... Digamos que depois de ter lido o primeiro só descansei quando tinha na prateleira lá de casa (depois de lidos, claro) todos os livros dela já publicados :)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ate dia 20

Ninguém me quer oferecer um livrinho? O que eu quero, na feira do livro tem um preço tão jeitosinho! Lol
Para o caso de alguém não ter onde gastar 15 euros e me quiser fazer muito feliz pode ir procurar o "Filho das Sombras" na tendinha da Bertrand ;p
Agora resta-me esperar que haja por aí algures alguma alminha caridosa! Lol

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Menos

Há pessoas que ficam sentadas no escuro...
Há pessoas que ficam sentadas...
Há pessoas que ficam...

Mas há pessoas que partem...
Mas há pessoas...
E há o escuro...

Se eu pudesse só por agora resgatar-te do escuro!
Se eu pudesso só por agora enchugar-te as lágrimas!
Se eu pudesse só por agora...
Se eu pudesse...
I found my calling... I'm a fixer... lol

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Heart's Blood


À espera que o dia 18 de Junho chegue! :)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Olho o Douro

Escrever. Há tanto que não escrevo, tanto que não digo, tanto que sinto!
Hoje esta sensação de vazio levou-me a pegar no lápis.
É quando escrevo que o vazio desaparece e se enche de palavras.
Com as palavras nunca me sinto só. As palavras que escrevo são pedaços de mim que se tornam exteriores a mim e me fazem companhia.
Quando escrevo sinto-me transcender, sinto-me observar-me e percebo melhor o que realmente sinto.
E olho o Douro! Olho o Douro e a água passa. Não passa porque o olho, passa porque tem de passar!
Porque a vida é assim, e as coisas boas passam mesmo quando não queremos e as más passam, porque têm de passar...
Penso na primeira vez que olhei o Douro desta varanda e lembro-me do que senti.
Lembro-me de me sentir bem aqui, mas esse sentimento perdeu-se...
Passou!
Agora fica em mim a sensação do fantasma, da ausência, da solidão.
Da solidão!
O gosto amargo de ver que o bom passou!
Vejo o metro na ponte D. Luís. Olho em redor e vejo o sol reflectido nos telhados.
Deixei avançar a corrente!
O barco já vai longe...
Talvez seja tarde... talvez seja tarde demais!
Sinto-me incompreendida, parece que já pouco resta aqui para mim senão a varanda, os telhados e o Douro!


domingo, 31 de janeiro de 2010

Crise

Bem, decidiram fazer corte de pessoal lá no inter! :S
E quem foi uma das desgraçada que ficou com o pescoço a prémio... Pois, moi!

Definitivamente estou lixada, se não arranjo outro part-time assim num rapidinho vai ser bye-bye faculdade e todo o dinheiro já investido no curso :(

Se souberem de alguem que precise de empregada a part-time que dê um toque aqui à je que não tem medo de trabalhar e aprende depressa!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Auto retrato

Com o bico de uma pena abri um rasgo no meu peito.

Com o sangue que jorrou formou palavras de alma!

Incongruente, duvidoso, traiçoeiro…

O coração das dúvidas consegue atormentar

Até um coração verdadeiro!


Ser forte!

Ser integro!

Ser inteiro!

Ser pedaço de asa caído no chão,

De um coração que não se deixa ficar por terra!


E então alguém grita,

Alguém foge,

Alguém chora!

E até a mágoa que se ancorou à alma

Se esfuma no lusco-fusco da memória!


Ficam as palavras,

As escritas,

As ditas,

As lembradas.


E no nascer do dia seguinte,

Fica a dúvida,

Resta a alma,

Não sobra nada!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ponto de situação

É estranho escrever aqui novamente após tanto tempo, após tantas promessas de não me manter afastada...

É estranho mesmo! Mas a vida é assim, um conjunto de acasos e estranhos momentos que por vezes nos afastam até das coisas que mais gostamos.

A ultima vez que aqui escrevi era semana da queima do Porto. Foi uma semana interessante, diverti-me bastante e adorei a viagem relâmpago a Londres, aquelas duas horinhas no centro deixaram vontade de um dia repetir a viagem, mas da próxima com mais tempo.




Entretanto muita coisa aconteceu...
Passei as férias de Verão a trabalhar no Intermarché, o que me impediu de ir de férias pra La Manga com o meu menino, mas não me impediu de lhe dar um presente de aniversário que ele adorou... Um bilhete para o Concerto dos GreenDay no Pavilhão Atlântico.



Depois seguiu-se o meu aniversário com uma festa com alguns amigos chegados...
O Natal e os momentos em familia! :) Que este ano não acabou em lágrimas o que foi optimo!
A passagem d'ano foi muito divertida e agradeço a companhia de quem passou essa noite ao meu lado, adorei ^^

Neste momento ando atulhada em trabalhos, ando farta do intermarché, à procura de novo emprego e a tentar sobreviver às aulas e ao facto de ultimamente me sentir um fantasma quando tou em aulas...

Mas acima de tudo, já sentia mesmo imensa falta de escrever... Obrigada pela paciência e pela espera! Espero conseguir reconquistar os que cá costumavam vir espreitar :)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Para breve

Tenho andado desaparecida, mas prometo voltar para breve...
Estou em véspera de voar para londres e a meio da semana da queima do Porto. Mas para a semana voltarei aqui para contar todas as novidades e deixar umas fotozinhas ;)

Um beijinho para os meus leitores desta "blogueira" que tem andado muito desaparecida *

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Castelos de areia

Há momentos da nossa vida em que os nossos pensamentos surgem na nossa mente tão velozes que se esvaem antes de os tornarmos claros e compreensíveis, antes de nos apercebermos das suas intenções. E por mais que os tentemos perseguir, por mais que corramos atrás, eles já se perderam no tempo, tão irremediavelmente como as boas recordações que se perderam no baú do esquecimento da nossa memória.

Hoje não queria escrever rebuscado, não queria escrever "bonito", não queria divagar em metáforas, eufemismos, ou quaisquer outras figuras de estilo.
Hoje queria ser simples, clara, concisa, objectiva, ir ao ponto da questão. Mas a minha mente perde-se em rebuscamentos e floreados para fugir ao medo que se esconde na nostalgia que hoje se me insinuou no espírito.

Por vezes tenho medo de prender demais as pessoas que amo!

Tenho medo de fazer com os que amo o mesmo que faço com os meus pensamentos, persegui-los demais e vê-los tornarem-se numa névoa do passado. Tenho medo de os segurar com demasiada força e senti-los esvaírem-se da minha vida qual punhado de areia que se escorre pelos dedos quando apertamos a mão.


Hoje deve ser lua-cheia, porque é nestes dias que me sinto assim, o seu oposto... vazia!

Hoje sinto-me inexistente e deveras nostálgica!

Hoje sinto-me perdidamente só... E ao mesmo tempo egoísta por me sentir assim!




Finalmente! E finalmente por dois aspectos. Primeiro porque finalmente coloco aqui algo novo! :p E segundo porque é a terceira vez que tento postar este texto e não estava a conseguir! :)

Bem, espero não me voltar a ausentar tanto tempo, mas visto ainda estar em época de exames, não posso prometer nada!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Dúvida existêncial #3

Até agora, em todos os cinemas onde fui, ao reparar nas filas, apercebi-me que não existe a fila "I"...

O "I" é completamente descriminado e eu não consigo perceber porque razão da fila "H" passa para a fila "J"... e até acho que é antipedagógico... lol

Será que há por aí alguém que me saiba explicar a razão de não existir fila "I" nos cinemas?

"O meu blog dava um programa de rádio" #2

E com a sondagem já encerrada venceu o Não com maioria absoluta! :P


Ainda bem que os meus leitores concordam comigo... Tenho de confessar que gosto disto por aqui calminho ;)
Eu disse-te maninha! :p

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Bloqueio mental...

Precisa-se com urgência de uma qualquer ideia para expressão corporal!

A entrar em parafuso à conta disto...
Insónias;
Contraturas musculares no pescoço;
Enxaquecas;
Náuseas;
E podia continuar com a lista...



Desculpem a ausência... Mas ando pior que ocupada, ando com um bloqueio do pior!
:s Help me!!!

sábado, 29 de novembro de 2008

"O meu blog dava um programa de rádio?"

Há dias numa conversa com a minha irmã, após ouvirmos o programa "O meu blog dava um programa de rádio" da comercial, ela comentou que achava que podia inscrever o meu blog...

Mas vá que a opinião de familiares é um bocado parcial... lol

Por isso deixo aí de ladinho a oportunidade de me darem a vossa opinião!

Acham que o meu blog dava um programa de rádio?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

To the moon and back...

Ando um bocado afogada em trabalhos...
Ando um bocado desorganizada no meu tempo...
Ando um bocado perdida nas minhas tarefas...

E tudo isto porque tenho o meu mundo do avesso...
Porque a minha maré de azar se converteu numa felicidade constante que me colocou um sorriso nos lábios e um só pensamento na minha mente...

E esse pensamento és tu, João!
E porquê?

Porque me fazes sentir segura
Porque sei que posso contar contigo
Porque ao teu lado sinto-me capaz de tudo
Porque me dás confiança
Porque me fazes sentir linda
Porque me fazes rir
Porque me fazes acordar a sorrir
Porque gostas de teatro
Porque és lamechas como eu
Porque cantas para mim
Porque os teus lindos olhos castanhos brilham quando me olhas
Porque adoro as histórias que me contas
Porque aprendo coisas novas contigo
Porque me beijas do jeitinho que eu gosto
Porque o teu abraço é o lugar mais confortável do mundo
Porque gostas de mim
Porque te ris das minhas parvoíces
Porque queres conhecer a Irlanda comigo
Porque adoro passear contigo
Porque estou apaixonada por ti
Porque és o meu melhor amigo
Porque sei que em ti posso confiar
Porque contigo até em inglês converso
Porque não resistimos um ao outro
Porque deixamos toda a gente constrangida
Porque sentes a minha falta
Porque me custa ter-te longe de mim
Porque quando te vejo aproximar fico com borboletas no estômago
Porque quando sorris para mim me deixas rendida
Porque há dois sofás que nunca mais serão os mesmos
Porque sei que nunca me vais esquecer
Porque quero mais que tudo ter-te ao meu lado
Porque é mais que sincero o sorriso que me provocas quando dizes que me adoras
Porque gostas de me provocar
Porque eu gosto de te tirar do sério
Porque falamos a toda a hora e não nos cansamos um do outro
Porque não me importo que me chamem pirosa ou lamechas
Porque não me importo que o mundo inteiro saiba
Porque sou tua e isso faz-me incrivelmente feliz
Porque podia enumerar mais uma porção de coisas que fazem com que não me saias do pensamento... Mas acho que há uma que resume todas elas... Amo-te!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Posso dizer uma coisa?

Odeio herpes... :S

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Palavras aleatórias

EU.....pequeninos.....juntos.....Beijos......Ju......arte......COMEÇO

...Colorido...abraço....carinho...FALTA...mãos...sonhos

cabelo..mimo...TU...perto..sentimentos...INSPIRAÇÃO

...confusão...IDEAIS....surgir...escolher...grande..amizade

coração...mente...ALMA...sexo...longe..passear...partilhar

...amor..CONHECER...abrir.......DAR....paixão....comunhão

corpo..poesia....IMPORTÂNCIA..acolher...segurança..TUA..João

..APRENDER....meu......abrigo....APOIAR....compreensão

domingo, 26 de outubro de 2008

Everytime we touch

Na onda do post anterior deixo aqui uma das musicas mais lamechas que ouço...
Oh pah, às vezes dá-me para isto... lol x)


I still hear your voice, when you sleep next to me.
I still feel your touch in my dream.
Forgive me my weakness, but I don't know why.
Without you it's hard to survive.
Cause everytime we touch, I get this feeling.
And everytime we kiss I swear I can fly.
Can't you feel my heart beat fast, I want this
to last.
Need you by my side.
Cause everytime we touch, I feel this static.
And everytime we kiss, I reach for the sky.
Can't you feel hear my heart beat slow
I can't let you go.
Want you in my life.
Your arms are my castle, you heart is my sky.
They wipe away tears that I cry.
The good and the bad times, we've been trough them all.
You make me rise when I fall.
Cause everytime we touch, I get this feeling.
And everytime we kiss I swear I can fly.
Can't you feel my heart beat fast, I want this to last.
Need you by my side.
Cause everytime we touch, I feel this static.
And everytime we kiss, I reach for the sky.
Can't you feel my heart beat slow
I can't let you go.
Want you in my life.
Cause everytime we touch, I get this feeling.
And everytime we kiss I swear I can fly.
Can't you feel my heart beat fast, I want this to last.
Need you by my side.

cascada - Everytime we touch

sábado, 25 de outubro de 2008

Só...

Meus olhos sonolentos travam uma guerra com as minhas pálpebras que não se querem fechar e se os meus olhos vencerem a batalha todo o meu ser mergulhará num mar de sonhos.



"Fecha-te à realidade, abre os braços e recebe-me"



A tua voz hipnotiza-me e arrasa as forças que ainda me restavam... e então meus olhos sucumbem ao cansaço e a minha mente afoga-se em ti.



Sonho... Vagueio na minha mente... Surges... E então...

Falta-me o ar, sinto-me afundar, sinto o meu corpo perder-se no mar de dúvidas até que os teus braços me envolvem num calor imenso e profundo que me embala. Com um beijo, um simples beijo, todo o meu mecanismo de respiração entra em funcionamento e inpiro fundo... tão fundo... como se toda a minha alma fosse inspirada pelas minhas narinas de volta para o meu interior... Recuperei a minha alma com um beijo teu, como se fosses a roldana que faltava na engrenagem do meu mundo...



Volta após volta,

inspiração após expiração,

batimentos cardíacos acelerados,

tu, tu tão próximo de mim,

tu que ainda não me conheces,

tu que quero tanto conhecer...



E tenho tão pouco a pedir-te... só um beijo! Só anular espaço entre nós... só sentir-me completar-te!







Um beijo, nada mais que isso, e eu perder-me-ia para sempre...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Small emotional ramble

I’m getting trouble to sleep;
I dream with chocolate;
I think about the same thing most of the time.

Something is not right...
So I get thinking… and the conclusion was simple:
I’m getting crazy, or you put a spell on me!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um mar, uma vida...

Sugas-me a inspiração, fazendo com que todos os meus pensamentos voem até ti.
Fazes com que a minha mente clame por novas recordações que enchem o meu peito de saudade.
Sentimento tão português, tão nosso, tão meu fado! Oh saudade como te amo, como me fazes sentir viva e que vivi com intensidade… Quem seria eu longe de ti minha saudade?

Os dias passam como caravelas… Solto as velas e deixo-me levar pelo vento, esse ser com múltipla personalidade, que me embala nas ondas da acalmia ou me sacode na fria tempestade.
Sigo absorvendo o conhecimento dos novos mundos com que me vou cruzando, remendando o meu casco em portos seguros e nunca temendo um novo temporal.

A minha vida é como as marés, ora cheia, ora vaza, mas sempre mutável e inconstante, indomável mas apaixonante!

Entram na minha vida mil e uma criatura, que me marcam, que me ensinam, mesmo que a aprendizagem seja dura.

Mas tu sugas-me a imaginação, fazes com que a minha caravela fique presa no teu mar e lanças ambiguidade na minha vontade de navegar. E os meus dias seguem o pêndulo do relógio da minha razão, que vai oscilando entre mim e o meu coração… Eu sou como as velas que anseiam que o vento as leve pelo mar, o meu coração é como um barco que anseia encontrar um lar.

Tu sugas-me a imaginação porque a minha alma vai presa a ti, e as minhas velas ficam frouxas quando me encontro a recordar o que contigo vivi. O barco do meu mundo quer que sejas o meu cais… mas e se o porto não é seguro? Eu não quero naufragar, não, nunca mais.

Desejando que navegues comigo, luto para reaver a inspiração que sugaste de mim! O mar pode ser inconstante… mas podiamos ser felizes assim…



Um "quê" de revista cor-de-rosa

Afinal não era boato...

O Fernando Rocha vai tirar um curso de teatro!

E como é que eu sei?

Porque ele é da minha turma... xD



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Viajante do meu mundo

Encontrei um viajante sem mapa e sem destino
Tracei-lhe um rumo num pedaço de papel
Com histórias de encantar de um velho peregrino
Que me ensinou a pintar sem ter pincel

Surgiram na alvorada desse dia
Enquanto o viajante me embalava
Sonhos de maresia
Pedaços de ilha abandonada

Canções inspiradas na madrugada de um sorriso
Cartas de amor ancoradas em desejos escondidos
Sonhos murmurados numa noite sem juizo
A uma alma encantada por sentimentos perdidos

Fiquei ligada a palavras desconhecidas
Presa por promessas nunca antes cumpridas
Apaixonada por um sonho sem sono
Amada por um viajante sem dono

Encontrei um viajante vagabundo
Que me fez amar sem conhecer
Abriu-me a mente para o mundo
E teve-me sem nunca me ter



E depois de tanta dúvida e decisões para tomar parece que a minha inspiração voltou... Espero que gostem! ^^)

Another time... the same history...

Este post é uma continuação deste aqui.


And there comes a time when...

Essa menina que depois de tanto se esforçar para encontrar um curso compatível com ela, depois de meses de trabalho para juntar dinheiro para ir para o ensino privado que lhe permitia formar-se na sua cidade preferida, depois de se ter empolgado com o plano currícular que lhe pareceu mesmo muito interessante. E é então que mais uma vez a sua vida é bafejada por acontecimentos capazes de alterar o rumo que já tinha traçado para os próximos anos - o curso no qual se matriculou não aingira o número mínimo de alunos necessários para abrir...


Ficou com duas soluções:

- Anular a matrícula e ser reembolsada na totalidade do dinheiro pago na acto da inscrição e da matrícula.

- Escolher outro dos cursos leccionados naquela faculdade.



E eis o motivo pela minha ausência aqui do estaminé... Tinha uma decisão demasiado importante para tomar.


Optei por não anular a matrícula, não tenho idade para ficar um ano parada à espera de algo que não sei se vai acontecer... E decidi que esta bomba que me foi largada talvez não tenha sido uma coisa tão má como me pareceu no início, mas apenas o impulso que me faltava para me lançar em direcção ao meu verdadeiro sonho. E então optei por mudar a minha matrícula para outro curso...





Vou para Teatro!

Quero agradecer a quem me apoiou, a quem não duvidou de mim, a quem aturou as minhas crises de dúvidas, a quem não me deixou duvidar de mim, a quem me distraiu para que não estivesse sempre a pensar no assunto... Obrigada AMIGOS! ^^)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

October

Chego a esta época do ano...
O outono...
O meu aniversário...
O cair das folhas...
Os novos começos...
E as reflexões sobre o ano que passou!

Para este ano tenho uma simples frase...

Cansei-me de ser apenas uma paragem quando preciso ser o destino!

domingo, 5 de outubro de 2008

Dia de cão... e gato! ^^

Porque ontem foi o dia mundial do animal hoje deixo aqui uma "homenagem" aos meus bixinhos... :)



Este é o meu Jack, um cachorrinho rafeiro que veio cá parar bem pequenininho. Foi oferecido por uma amiga da minha mãe e é o cão mais fofo e irrequieto que alguma vez conheci! :)


Tem 4 aninhos e espero que ainda junte muitos na companhia da minha família ^^


Este é o Sombra, o membro mais novo da família com apenas 14 mesinhos! É o nosso bebezinho e o gatinho mais mimado que alguma vez conheci ^^ (dizem que sai à dona... lol)
O Sombra veio pra nossa casa no dia 30 de Novembro de 2007, encontramo-lo na estrada quando vinhamos da estação após o jantar de comemoração do aniversário da minha maninha. Ele estava no lado da estrada oposto ao nosso, mas quando o chamamos ele veio imediatamente a correr na nossa direcção mostrando logo à partida que era muito meigo. Como não tinha coleira e andavamos à uns meses a pensar adoptar um gato decidimos trazê-lo para casa. A início demos a desculpa de que tinha sido um presente de aniversário para que a minha mãe nos deixasse ficar com ele, mas depressa toda a família se apaixonou por ele e acabamos por contar a verdade...


Tanto um como outro os meus bixinhos são a minha perdição, a luz dos meus olhos, e a minha vida já não seria a mesma sem os miminhos deles :)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Amigos, memórias e felicidades...

Existem pequenos momentos de felicidade tão preciosos que se eu pudesse guardava-os religiosamente num paraíso isolado em que os ventos do esquecimento não lhes provocassem qualquer erosão e ficassem intocáveis, fieis à realidade em que foram vividos e principalmente sentidos!

Hoje recordei tantos momentos de infância, tantas das minhas traquinices, tantas das minhas maluqueiras que provocaram certamente muitos cabelos brancos à minha mãe e à minha avó. Foi como assistir a um rolar de frames, a uma exibição fotográfica, mas sem fotos, somente com as imagens da minha mente...

A bicicleta sem travões do meu primo e os arranhões que resultavam de andar com ele na dita cuja.
O nosso carrinho de rolamentos que tantas dores de cabeça deu ao meu pai.
As tardes de inverno na cozinha da avó e quentinhos à lareira a assistir ao McGyver.
E tantas, mas tantas outras pequenas coisas que me deixaram tontinha a sorrir.

Tenho saudades do meu primo, do meu companheiro de infância, do menino meigo e traquina que cresceu comigo, do seu enorme nariz à preto que eu adorava.

Se existem pessoas que pela sua simples existência conseguem mergulhar o meu rosto num mar de sorrisos o meu primo é uma delas por todas as boas recordações que me proporcionou!

Adoro quando sorrio à simples lembrança de um amigo, é tão bom quando nos apercebemos que deixaram tão boas marcas em nós...

E não é o verão a estação mais "quente", para mim é mesmo o outono, aquela que com as suas cores me aquece e enternece o coração...


Obrigada João por me fazeres recordar estas coisas... Não foi a brincar que disse que era por estas (e por outras) coisas que gosto muito de falar contigo! ^^