E sai um pensamento fresquinho...

domingo, 30 de dezembro de 2007

Quando... será...

Quando um só olhar tem o poder de petrificar e fazer desejar que determinado momento fique congelado no tempo...
Quando um só sorriso muda todas as coordenadas do meu universo e me deixa a vaguear ao sabor da corrente...
Quando um só sussurro me arrepia a pele e faz nascer em todos os poros do meu ser um desejo de partilha...
Quando uma lágrima rola e se torna incompreensível o motivo da sua queda...
Será a felicidade de um novo desejo de entrega?
Será o terror da novidade que mostra a possibilidade de chegar ao céu ou a um abismo?
Será a torrente de sorrisos que inexplicavelmente me assola os lábios à mínima lembrança tua?
Será o descontentamento que aflora por não saber se me queres?

E a lágrima divide-se, entre felicidade e tristeza, e continuará a rolar no meu rosto até que o calor da tua mão a evapore, até que me tomes nos braços e faças minha alma elevar-se...

Quando um só olhar, quando um só sorriso, quando um só sussurrar...
Quando entrares na minha vida, para nunca mais a deixar!

sábado, 29 de dezembro de 2007

Better Together

E a melhor aventura da vida começou novamente na minha vida...
Espero que o novo ano me ajude a fazer com que esta aventura se torne numa vitória pra muitos anos...
Porque deixei o meu coração aventurar-se...
Porque encontrei o impulso necessário para o deixar lançar-se numa nova conquista...
Porque sinto que somos melhor quando estamos juntos :)
Porque me sinto feliz por me sentir assim... Porque estou apaixonada e quero gritar isso ao mundo!

Obrigada por seres do jeitinho que és!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Encontra-me

Queria compreender este incompreensível emaranhado de pensamentos que me fez naufragar.
Sinto-me encharcada até aos ossos de sentimentos dos quais não me consigo livrar.
Deixei-te entrar no meu cósmico universo de conclusões que se tornaram inatingíveis!
Partilhei contigo sensações guardadas em grutas do meu ser inacessíveis!

E agora que escancarei minha alma a outra humana criatura...
Que desvendei minha identidade registada em partitura,
Que toquei a minha música e me tornei em sinfonia,
Sei que nunca me irei arrepender desse dia!

Vou igualar nossos números ao infinito.
Calcular a verdade deste mito.
Vou resolver a matemática deste sentimento
Para poder eternizar cada momento!

As portas de uma nova equação foram me mostradas,
Eu entrei por entre cálculos e resoluções nunca encontradas
E descobri o sentido do que se encontrava dentro de mim escondido...
Tu és o meu sistema que julguei à muito tempo perdido!

Quero continuar a desvendar-te os meus segredos.
Quero partilhar contigo todos os meus secretos medos.
Quero explorar todos os teus sonhos e fantasias...
Quero querer-te todos os dias!



Escrito por moi a pensar em alguém muito special to me :)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Quero-te?

Um ano?
Um mês?
Dois...
Três...
E quantos mais?

Quanto tempo uma memória durará?

Quantos vezes se repete até a erosão do uso a apagar?
Quantas lágrimas são precisas para a afogar?

A revolta tolda os sentidos...
...
Amigos...
Abandonados?
Perdidos?

Um lamento...
Uma lágrima...
Um momento...

Uma sucessão de palavras sem conteúdo...
Amor mudo!

A oportunidade
De uma vida
Uma saudade
Escondida!

A dor que me impele pra frente,
O caminho que se mostra urgente,
A decisão de não abandonar...
E a vontade de gritar!

Quero o que não sei pedir...
Quero-te...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Ilusão d'óptica

A noite envolveu-me nas suas garras
.
O peso do cansaço abateu-se sobre mim
.
O nascer do dia solta-me as amarras
.
E vaguei por um caminho sem fim
.
A música...
A rua...
As pessoas...
.
A fadiga me nubla o olhar
.
A luz traz-me uma imagem
.
A vontade de te encontrar
.
E uma miragem...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Um destes dias...

I didn't notice
But I didn't care
I tried being honest
But that lead me nowhere
I watched the station
Saw the bus pulling through
And I don't mind saying
A part of me left with you
One of these days
I won't be afraid of staying with you
I hope and I pray
Waiting to find a way back to you
‘Cause that's where I'm home

Did I make you nervous?
Did I ask for too much?
Was I not deserving one second of your touch?

One of these days
I won't be afraid of staying with you
I hope and I pray
Waiting to find a way back to you
‘Cause that's where I'm home

What would you do if I could have you?
Oh if I could
I'd let you feel everything I'm thinking
Wouldn't that be nice?
One of these days
I won't be afraid of staying with you

(One of these days - Michelle Branch)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

E chegou a minha altura preferida do ano... Os cachecóis, os gorros, a lareira, as folhas douradas que cobrem o chão, o cházinho com broas de mel no sofá a ver tv enrolada na mantinha e a pensar em ti...

E é tão bom correr à chuva e saltar nas poças :D

Lembras-te?

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Porque a saudade é cada vez maior...

How do I get through a night without you
If I had to live without you
What kind of life would that be
for a while, I need you in my arms
Need you to hold
You're my world, my heart, my soul
If you ever leave
Baby you would take away everything good in my life
And tell me now
How do I live without you
I want to know
How do I breath without you
If you ever go
How do I ever, ever survive
How do I
How do I
Oh, how do I live
Without you, there would be no sun in my sky
There would be no love in my life
There would be no world left for me
And I, oh Baby, I don't know what I would do
I'd be lost if I lost you
If you ever leave
Baby, you would take away everything real in my life
And tell me now
How do I live without you
I want to know
How do I breath without you
If you ever go
How do I ever, ever survive
How do I
How do I
Oh, how do I live
Please tell me baby...
If you ever leave
Baby, you would take away everything
Need you with me
Baby, don´t you know that you´re everything good in
my life
And tell me now
How do I live without you
I want to know
How do I breath without you
If you ever go
How do I ever, ever survive
How do I
How do I
Oh, how do I live

(How do I live - LeAnn Rimes)

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A outra porta

Entrar pela porta dourada, aquela pela qual todos ambicionam. Sonhamos encontrar por trás dela todos os desejos platónicos e todos os quereres julgados inatingíveis. E ao termos o vislumbre de ter a porta tão perto ficamos cegos de felicidade. Tão cegos que nem nos apercebemos que afinal é mais uma porta de bronze cujo brilho se deve ao reflexo do sol nascente nas gotículas de orvalho que se abateram sobre mais uma porta que nos surge ao acordarmos de mais uma noite de entrega aos anjos nocturnos que nos guardam a alma. Ao vermos a verdade a nossa visão nubla-se com os átomos de água que se precipitam dos nossos olhos quando somos inundados pela tristeza que nos traz o sentimento de desilusão. Mas nesse momento os raios de sol fazem os olhares cintilarem tal como a porta de bronze. E nós, simples peões da jogada cósmica do universo, atravessamos mais uma porta guiados pelo brilho que os nossos olhos imitem, qual candeia de esperança em mais um caminho de expectativas e quem sabe, de felicidade…

O partir dos sonhos

Os sonhos escoaram-se como água gotejando de uma torneira muito pouco ambientalista.

Um a um foram-se misturando aos resíduos líquidos de uma sociedade muito pouco sólida.

No meio da imensidão de detritos tornaram-se unos com o fundo onde se embrenharam.

Sumiram, sucumbiram ao cheiro nauseabundo dos esgotos de mentiras e falsidades que entram e saem da boca desta assembleia humana cada vez mais desumana.

Está a chover! Afinal não, é só mais um cano roto vindo dos telhados de vidro desta vizinhança que é o universo.

Como anseio pela chuva! Não as chuvas ácidas formadas pela evaporação dos sonhos gotejantes que se corromperam e dissiparam das mentes dos puros por serem demasiado verdadeiros para esta multidão hipócrita que se cruza no nosso caminho diariamente.

Quero a chuva que lava a alma, a chuva que purifica, que nos relembra a limpeza e integridade, que nos entrega a felicidade de não ter vergonha de sonhar!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Teimosia...

Parece que este tempo é teimoso... sempre a teimar, a teimar...

Já te disse que tens de passar mais depressa quando estou assim, porque teimas em fazer sempre o contrário do que te peço?

Parece mesmo de propósito. Parece que gostas de me ver assim!

É nestes dias em que se olha para trás e se sente que se está parado há demasiado tempo... Gostava de me ter afastado, de não ter sido aquela fraca e moldável á tua vontade... Agora passo o tempo a pensar em ti, maldito tempo que não me sais da cabeça.

Parece que só me dá para escrever quando o tempo me comanda. Quando me tira as forças e as gotas recomeçam a rolar... Já nem sei bem porque... Simplesmente porque estou cansada da tua teimosia!

Já te esqueci, mas a tua recordação teima (como a tua teimosia me revolta) em voltar para assombrar os meus dias e todos os recantos do meu humilde ser...

Porque tenho pernas mas elas não me podem levar até ti...
Porque tenho olhos mas vejo-te até com eles fechados...
Mesmo quando não estás ouço a tua voz, sinto o teu perfume, o teu toque...

Mas tu és só tempo, não tocas, nem tens cheiro... Mas a tua teimosia personifica-te, torna-te real na minha vida, dá-te corpo... E deixa-me louca de raiva porque nunca fazes o que te peço, e até quando peço que me deixes e nunca mais voltes, nem nesses momentos deixas de ser o que és, TEIMOSO, e não te vais...

E como não fazes o que te peço, peço-te o que não quero, e então peço-te que fiques, à espera que vás... Mas tu adivinhas sempre as minhas intenções... E depois de tanto pedir que fiques a minha vontade molda-se e o meu desejo funde-se com o meu pedido, e então tu vais...

Queria tanto que deixasses de ser teimoso...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Mais um aninho

Mais uma ruga...
Mais uma aventura...
Mais uma vela...
Mais um sorriso...
Mais uma lágrima...
Mais uma confissão...
Mais um ano...
E à medida que o tempo passa sinto-me cada vez mais perto de mim e do que quero ser!
Esta aventura que é a minha vida tem se tornado numa empolgante busca pelo conhecimento de mim própria e dos outros!
E naquele que foi o dia 07/10/07 comemorei com algumas das pessoas que significam imenso para mim o dia em que toda esta minha aventura começou... a chata da Ju nasceu :)
Os que ficaram pelo caminho, talvez um dia se arrependam...
Os que comigo caminham, espero que continuem...
Os que aparecerão, espero que gostem...
E tu, espero que voltes! :)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Dura praxis sed praxis



Porque é um espírito que só se sente quando se está presente, porque são momentos que nos marcam para a vida (e não falo das nódoas negras, essas passam... lol) e deixam saudade!
Porque por mais que os sapatos apertem os pés e a capa e a pasta façam dores nas costas, estarei lá porque sinto que pertenço a algo maior que eu...
Agora um aviso para os caloiros... se me virem fujam, tenham medo, muito medo, porque eu sou má como as cobras...

A praxe é uma aventura que vale, definitivamente, a pena!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

A vida é uma corrida

Corria, no meio de uma floresta de árvores apodrecidas por aquela noite perpétua que se tinha abatido sobre todas as criaturas. Corria sem saber para onde, ou do que fugia, simplesmente corria, como se os seus membros inferiores estivessem sobre um feitiço que os obrigava a isso. Nunca antes correram tanto e não se sentia cansada, corria como se fosse a razão porque tinha nascido, o seu pensamento concentrava-se na corrida, em correr, nem reparava na paisagem negra e decadente que a envolvia, ou na sua sombra que diminuía à medida que a luz se tornava em trevas que ameaçavam envolver tudo à sua volta, a única coisa que sentia era o pisar dos seus pés no solo, o calcar e o estalar do esqueleto das poucas folhas que caíam daquelas árvores raquíticas que serviam de fundo à sua corrida.
Muitos se perguntaram porque não parava, ela própria já tinha feito essa pergunta muitas vezes ao longo daquele sinuoso caminho, mas, um pé à frente do outro, uma contracção e relaxamento de músculos minuciosamente controlados a impeliam para a frente, tinha de correr, tinha de continuar. Continuava porque sentia que fazia sentido mesmo quando este não se via.
Aquela corrida começada à tanto tempo significava para ela tanto que nem sabia ao certo o quê. Começou sem motivo aparente, sem razão, sem escolha, simplesmente começou, e tornou-se a sua vida.
Pouco se lembrava da sua vida antes de ter iniciado aquela corrida, mas do pouco que surgia na sua caixa de recordações, sabia que tinha de correr, não para fugir, porque fora feliz, mas porque sim, porque tinha de correr... Não conseguía explicar, passara a sua vida a procurar explicação, sentido, razão, para tudo o que acontecia, e nunca encontrou, mas o sentido estava ali, dentro dela, no que sentia, no que queria, e isso bastava-lhe, mesmo que não conseguísse tornar a explicação em palavras, imagens, ou símbolos, compreensíveis ao seu cérebro humano que a restringia, sentia as razões dentro de si, e aprendeu a ter esses sentimentos como justificação suficiente. E então começou a correr!
Por vezes cansava-se, quando um ramo mais baixo de uma daquelas árvores retorcidas lhe prendia o vestido e lhe travava por momentos o ritmo da corrida. Aquele vestido azul que escolhera por significar tanto para ela havia perdido a sua cor original, exibindo agora um tom cinzento-chuva que ao fim de contas se enquadrava melhor naquele ambiente por onde corria...
Porque corria ali? Porque a paisagem não importa, na sua cabeça corria no meio de um prado onde as folhas moribundas que cobriam o chão davam lugar a verdejantes pastagens, onde o piar sinistro dos corvos se transformava numa melodiosa canção de uma cotovia, onde a ausência de cor era substituída por uma extensão de flores silvestres, amarelas, brancas, cor-de-rosa, e da sua cor mágica, o azul, naquela tonalidade clara que a acalmava e a fazia sentir-se mais ela própria.
Sabia que um dia a sua corrida ia terminar, mas não era esse o motivo porque corria, não era a certeza de que por fim terminaria a corrida que a fazia correr, a corrida em si era o que mais felicidade lhe dava... Não queria saber se estava no caminho certo, se tomava um atalho, se se perdia, se andava em círculos, nada disso a demovia, nada disso a travava ou fazia diminuir a sua passada firme e decidida. Mas era assolada por uma felicidade imensa quando surgia uma bifurcação, a maioria das pessoas tremia perante uma decisão importante, pesava as consequências, todos os prós e os contras, ficavam presos no impasse, na indecisão, no medo, mas ela não temia a escolha, não temia errar, sabia que o medo era o maior erro e corria por um dos caminhos inundada na felicidade que as escolhas lhe davam, a felicidade de ter livre arbítrio, de saber que só se influenciava pelo que queria, que só a magoava quem ela deixava que entrasse na sua corrida, era ela que escolhia, e que maior felicidade pode existir do que saber que somos livres?
A sua corrida cruzara-se com tantas outras, muitas vezes correu com outras criaturas, com outros seres, com outros meio-humanos como ela. Meio-humano? Sim, porque desde que começara a correr, sentia que nas suas veias circulava a essência dos que são transcendentais, daqueles que se elevam, daqueles que se tornaram em mais do que eles próprios. Surpreendeu-se com a quantidade de meios-humanos, na verdade nunca acreditou que um dia se tornaria num deles, e isso rasgava-lhe o sorrido e enchia-lhe os olhos de um brilho cristalino e transparente, e era nesse momentos que quem a olhasse veria a sua alma, a beleza dos seus pensamentos e sentiria as razões da sua corrida, e mesmo sem as perceber, ao as sentir, aceitaria, tal como ela as aceitava, que era razões mais que validas para correr. E muitos começaram a correr quando a viam passar...
Alegrava-se por arrastar com ela, por poucas que fossem, aquelas criaturas que finalmente abriam os olhos e viam que podiam ser felizes mesmo correndo sobre espinheiros e urtigas...
Um dia cruzou-se com alguém que andava a passo, e sentiu um impulso para adequar a sua corrida ao ritmo daquele estranho ser que num segundo a deixou fascinada. E percebeu que a sua corrida tinha chegado ao fim, que finalmente percebeu que seria no fim da corrida que aquele sentimento se tornaria atingível para o seu córtex cerebral e se tornaria numa associação de palavras passível de se traduzir em qualquer língua... Correu porque tinha de correr, correu porque não teria sido feliz se tivesse parado, porque se tivesse parado já tinha encontrado aquele ser com os olhos brilhantes, de rosto pálido e de uma beleza inatingível, e já teria caminhado com ele até à sua meta, até ao seu fim. Percebeu que caminhar, correr, é o melhor que existe naquela floresta que lhe inundou a alma, que mesmo quando a luz de desvaneceu, os seus pés continuaram a sentir o caminho, mesmo quando caminhava sozinha sabia que mais à frente encontraria alguém, e essas certezas, as certezas da imprevisibilidade e da possibilidade de escolha foram tudo o que realmente teve de seu, mas foi o suficiente para que se iluminasse em felicidade e fosse candeia para os perdidos das corridas tal como ela foi. E então deixou a sua corrida abrandar, acompanhada do ser que a fascinou deixou-se envolver nos seus braços e beijando-o fechou os olhos e não os voltou a abrir.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Uma aventura na cozinha

As pessoas que me conhecem devem estar a pensar: Tu, na cozinha? Tá bem tá... Mas queres enganar quem? Pois, mas é verdade... Esta semana resolvi aventurar-me numa das divisões que menos gostava!

Nunca gostei muito de cozinhar, sempre fui um bocadinho preguiçosa e se os outros cozinhassem menos trabalho para mim, por isso, tanto melhor! Mas descobri que cozinhar pode dar um prazer tão grande como comer... Então quando vemos o rosto das outras pessoas deliciadas com os nossos cozinhados, enchemo-nos de orgulho e ficamos com ainda mais vontade de cozinhar!

Decidi experimentar coisas novas, a minha Mariazinha, minha querida colega de casa, que é maravilhosa e de quem eu gosto muito, aderiu à minha ideia sem pestanejar e não se importou nada de ser minha cobaia. Só o facto de ter quem acredite que somos capaz ajuda imenso, por isso muito do mérito de as nossas refeições serem maravilhosas é dela...

Convidamos uma amiga para jantar cá em casa esta semana e partilhar connosco as nossas experiências culinárias... Fiz mousse caseira, salada russa com maionese caseira, mas a nossa última refeição foi mesmo a melhor! Começamos com uma sopinha de couguettes que ficou de se chorar por mais, seguiram-se umas beringelas recheadas com atum que estavam divinais e terminamos com um bolo de banana acompanhado por uma bola de gelado de baunilha e coberta por caramelo caseiro.

Eu e a minha Mariazinha sempre pensamos abrir um negócio clandestino na cave... lol (brincadeirinha) pensamos em abrir uma cave de estudo, mas depois achamos que ficava melhor no terraço, um Terraço de Estudo com sons do piriquito a cantar, os pássaros nas arvores, tudo muito relaxante... E então, visto que andamos numa de cozinha descobrimos o negócio ideal para a cave, um Restaurante... Visto que as dimensões são um bocado reduzidas para restaurante informo que refeições cá só com reserva... Estão abertas aqui as inscrições!!! ;)

Só para terminar, não digam nada à minha mãe... Mas eu ADORO cozinhar!!!

domingo, 17 de junho de 2007

A máscara do tempo

Aqui fica um texto da minha autoria escrito há uns tempos atrás e que me deu vontade de partilhar... Andava eu a vasculha por aqui no meu computadorzito e encontrei-o :)

Espero que gostem ;)

...................................................................................................

Chegou. Mais um daqueles dias em que as coisas parecem fazer sentido mesmo quando terrivelmente arrasadores da felicidade!

É nestes dias em que as horas parecem chegar com mais dificuldade. Onde a saudade flúi exponencialmente...

De repente alguém se aproxima e começamos a pensar se a máscara se descaiu e mostramos o nosso verdadeiro estado de alma.

Por vezes dá vontade de o fazer, de finalmente sermos um ser sem falsidade. Mas será que não seremos falsos de qualquer das maneiras. Ao mostrar-nos não estaremos a tentar ser diferentes, e ao tentarmos ser diferentes não estaremos a tentar chamar a atenção?

E então aquelas perguntas sem resposta surgem numa catadupa de emoções e pensamentos que há muito não voltavam. Porquê a mim? A culpa é minha? Etc...

Será que algum dia terão resposta? (mais uma pergunta)

E então o dia acaba, mais um se aproxima. A noite cobre, muitas vezes esconde até os sonhos, aqueles que teimam em não desaparecer e atormentam o dia seguinte. Mas será que devemos ignorar esses sonhos quando são o que de mais profundo podemos desejar, só porque nos dizem (e também sentimos) que nunca se irão realizar?

E então a decisão é não pensar mais, os pensamentos trazem sentimentos, e estes mais pensamentos. Já chega de bolas de neve no Inverno!

E já chega de Inverno no meu peito...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Leva-me para o lar

- Então? Não se sente mais fresquinha agora depois do banho?
- És uma peste, eu não queria nada tomar banho... Quero ir p'ro lar, leva-me p'ro lar!

Começa assim uma manhã de estágio a não esquecer... Com uma senhora de 95 anos que não se segurava em pé mas que me pedia a bengala... Que não comia nem metade da comida que eu com tanto custo lhe tentava dar, e que me insultava por não lhe dar bolachas...

- No lar dão-me bolachas... Leva-me p'ro lar!

É estranho, pensei eu naquelas palavras, normalmente as pessoas têm uma imagem pouco carinhosa dos lares, imaginando-os lugares onde se "despejam" os não activos, os anosos da nossa sociedade, aqueles cujas famílias não têm "tempo" para estar com e cuidar de.

- Então a Sra quer ir p'ro lar? Não é bem tratada aqui?
- A irmã B. está à minha espera com o feijão verde, vai arrefecer... E lá ela da-me duas bacias, uma para as cascas, e outra as {palavra que não compreendi}! Mas vai buscar-me a bengala da M. que eu quero ir lá abaixo...

E foi então que eu compreendi que era para aquilo que todos caminhamos, para um discurso incompreensível, onde o presente e o passado se misturam na continuação da mesma frase e o nosso cérebro é incapaz de distinguir o agora e o aqui do antes e do lá.

A verdade é só uma, as coisas que nos marcam são as que ficam, por mais incoerente que o nosso discurso possa ser. E o lar, que para aquela senhora era a sua verdadeira casa, o sítio onde conhecia de cor todos os que lhe davam bolachas, ou o feijão verde, ou as bacias, ou as mantas pretas que tantas vezes me pediu dizendo que eram as mais quentinhas... E o lar, o nosso "lar" são também as pessoas que nos marcam o passado e nos tornam o presente numa saudade eterna mesmo que estando afastados apenas por curto tempo... Mas o que será para aquela senhora o tempo, não o verá certamente como eu, e acredito que aquela estadia de alguns dias longe do seu "lar" é tão dolorosa como a minha longe do meu... Que é o meu passado, aquele que me tornou na que fui, na que talvez ainda seja, na que não sei se serei... E por isso esta é a minha vez...

Levem-me para o "lar"

O início desta aventura

- Se tenho um blog? Tenho, tu não?
- Já tive, apaguei-o...
- Oh! Porquê?
- Más audiências... lol
- Tonta...

E foi assim, após o insulto mais ouvido pela minha pessoa (tonta) que decidi iniciar-me nesta nova aventura...
Claro que não há amor como o primeiro, o meu menino blog número 1, que jaz no jardim das tabuletas da internet, terá sempre um lugarzinho especial no meu coração. Mas não é por um amor não resultar que se desiste de amar, não é vero? Então cá estou eu de volta para mostrar que sou a que fui, talvez com uns melhoramentos, mas com a mesma vontade de por cá para fora o que me entulha a alma e vos ocupar uns minutos com as minhas "aventuras"...