E sai um pensamento fresquinho...

terça-feira, 15 de abril de 2008

Tears Dry on Their Own - Amy Winehouse




All I'll can ever be to you
Is a darkness that we know,
And this regret I got accustomed to.
Once it was so right
When we were at our high,
Waiting for you in the hotel at night.
I knew I hadn't met my match,
But every moment we could snatch,
I don't know why I got so attached.
It's my responsibility,
And you don't owe nothing to me,
But to walk away I have no capacity.

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
In this blue shade
My tears dry on their own.


I don't understand,
Why do I stress a man,
When there's so many bigger things at hand,
We could've never had it all,
We had to hit a wall,
So this is an inevitable withdrawal.
Even if I stop wanting you
A perspective pushes true,
I'll be some next man's other woman soon.
I couldn't play myself again,
I should just be my own best friend,
Not fuck myself in the head with stupid men.

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
In this blue shade
My tears dry on their own.

So we are history,
Your shadow covers me,
The sky above
A blaze

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
In this blue shade
My tears dry on their own.

I wish I could say no regrets,
And no emotional debts,
Cause as we kiss goodbye the sun sets.

So we are history,
Your shadow covers me,
The sky above a blaze that only lovers see.

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
In my blue shade
My tears dry on their own.

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I am grown
And in your way,
My deep shade,
My tears dry on their own.

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
My deep shade,
My tears dry...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Num daqueles dias...

Quero escrever!

Hoje estou num daqueles dias em que sinto a cortante necessidade de debitar para um qualquer papel todos os pensamentos e sentimentos que me entorpecem os sentidos e me confundem a mente.

Mas está difícil!

Vários rascunhos e gatafunhos de palavras e frases pela metade vão sendo deixados para trás à medida que percebo que são mais uma tentativa falhada de tornar tangível aquilo que me transtorna o espírito.

Hoje estou num daqueles dias!
Não um dia sem inspiração, porque isso seria ficar sem palavras. Mas num dia em que a afluência de ideias e conceitos é tamanha que a velocidade restrita do meu corpo em relação à minha mente se torna no meu verdadeiro problema...

Queria escrever para ti, que provavelmente não me vais ler!
Houve pessoas especiais na minha vida que me inspiraram a escrever poesia, ou as letras para as melodias que ecoavam na minha cabeça. Hoje já tentei escrever poesia, em português, até em inglês. Mas apenas saía uma vaga de palavras que ia rebentando contra o meu crânio qual torrente de ondas de tempestade rebentando contra os rochedos de uma qualquer praia. E fico assim, confusa, porque tu, és tão merecedor de um poema ou de uma música como as restantes pessoas importantes da minha vida, provavelmente, até mais merecedor...

Decididamente hoje quero escrever. Quero tanto escrever que luto com todas as forças na tentativa de conseguir organizar as palavras que te quero dizer.

E que te quero dizer? (E a torrente aumenta, a minha cabeça ameaça ceder sobre a pressão de milhares de pensamentos que me assolam) Tanta coisa, o que penso, o que sinto, o que és para mim, as minhas dúvidas, os meus medos, os meus planos, tanto, tanto que me fogem as palavras que de repente se tornam vãs e escorregadias...

Confusão, por teres deixado tanto dentro de mim que transborda a barreira da compreensão!

Raiva, por não me conseguir focar no que te quero dizer por a tua lembrança me deixar perdida!

Angústia, por sentir que te perdi mesmo sem nunca te ter tido e não conseguir contar-te a minha mágoa!

Cansaço, por não conseguir dizer-te o que quero e ser teimosa até à exaustão!

Frustração, por estar num destes dias, em que tanto te quero dizer e as palavras teimam em se atropelar e tornar o meu discurso incompleto!

Simplesmente estou num destes dias em que te quero tanto que doí.
Simplesmente estou num destes dias em que os sentimentos se inflamam à minima lembrança tua.
Simplesmente estou num destes dias em que não consigo falar mas insisto, porque me ensinaste a ser dura, a não desistir, me lembraste que sou teimosa...

Oh... Como é simples o que te quero dizer se não racionalizar, se simplesmente deixar os meus lábios tocarem o teu rosto com todo o carinho que inunda cada poro da minha pele.

Todas as minhas células clamam por ti, toda eu reclamo a saudade que deixaste em mim. Toda a minha alma chora a esperança que feriste com as tuas lágrimas...

Queria gritar-te que te quero mais que toda a teimosia que tens!
Queria sussurrar-te que te admiro mais que toda a bondade que sentes!
Queria lembrar-te com um beijo que tudo o que sou te queria entregar!
Mas não tenho palavras, estou num daqueles dias em que a expressão do que sinto está frouxa, não tem profundidade suficiente para ser capaz de te fazer imaginar a grandiosidade do meu sentimento...

Definitivamente estou num daqueles dias... em que percebo que estou terrivelmente apaixonada!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Viagem a outros tempos...

Este é um texto que encontrei num dos meus cadernos... foi escrito por mim numa das viagens de comboio rumo a casa dos meus pais. Num fim-de-semana que me parece tão longínquo que nem consigo aperceber-me de quanto tempo se passou... Mas deu-me vontade de o partilhar!



Finalmente sentei-me. Hoje o comboio ia completamente cheio, não cabia mais viv'alma. No entanto lá chegando a uma certa estação, pelos vistos muito concorrida, a carga foi aligeirada e lá se vislumbraram alguns lugares vazios.
Segundo o termómetro do comboio estão 24ºC. no exterior, são 19:37.
Números...
Como os números são exactos. E não podem ser outra coisa!
Com as palavras é diferente. Há palavras com imensos significados!

Os humanos serão mais números ou mais palavras?
Obviamente não serão números, estes são demasiado "simples".
Mas mesmo a complexidade das palavras não consegue reflectir toda a essência e emaranhado de significados e definições de uma pessoa.
Começo a concordar cada vez mais, com quem me disse um dia, que somos todos equações, um conjunto de números e letras que se vão igualando, com porções que vão mudando de parcela assim como na vida damos e recebemos.

Qual será a outra parte que completa a equação da minha vida?
Será que é a tua equação que se junta à minha para que, qual sistema perfeito, encontremos uma solução?

Há quem me fuja, mas nunca vá muito longe... Penso que têm medo de descobrir que a minha equação os completa. Mas desistem à primeira avaria da calculadora. Saltam fora da aula de matemática e levam com eles a equação para a tentarem resolver noutro lado!

Comodistas! Lá porque tem de ser resolvida à mão não significa que a resolução é impossível. É mais difícil, é verdade. Mas não é impossível!

Dá-me a tua mão! Sê teimoso como eu... Vamos juntar os nossos números e as nossas letras e igualar este limite (de vida) ao infinito...