E sai um pensamento fresquinho...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Once upon a time....

Once upon a time there was a little girl...

… que teve uma infância muito feliz, com carinho, brincadeiras e muitas traquinices à mistura… Mas essa menina cresceu!

Cresceu e abriu os olhos para o mundo…
Quis tirar um curso superior e amando teatro teve de desistir do seu sonho porque a mãe não aprovava. Tentou então dentro dos seus interesses escolher uma profissão que a mãe aprovasse, para que um dia mais tarde alcançasse a sua independência e conseguisse seguir o seu sonho!
Escolheu ser enfermeira e dedicou-se a aprender, a conhecer novos amigos e a crescer, até que um dia o seu mundo ruiu…
Encontrou-se perdida num mundo onde os amigos estavam sempre distantes, onde ninguém tinha tempo para um abraço, onde lhe pediam ajuda que ela não podia dar. Encontrou-se perante uma profissão que não a realizava, perdeu o rapaz que mais amou e deparou-se com um caos de emoções e sentimentos que entravam em derrocada cada vez que insistia naquele caminho!

E então essa menina-mulher decidiu começar de novo, abandonar o curso, abandonar sentimentos que já não lhe faziam bem e reiniciar um novo ciclo na sua vida!
Ganhou coragem e enfrentou os pais, contou-lhes da sua decisão pedindo desculpa pelos 4 anos que (por menores que tenham sido os gastos) andaram a investir na carreira dela…

Durante aqueles 4 aos tinha-se tornado uma “gestora” formidável, com os 400euros que recebia de bolsa conseguia pagar a renda (visto estar deslocada em tempo de aulas), transportes, propinas, internet, electricidade, água e ainda a alimentação, tudo para que não tivesse de pedir dinheiro aos pais que tanto esforço faziam para manter os seus irmãos.
Por sempre ter dado valor aos pais foi sempre tentando dar o menor prejuízo possível no baixo orçamento familiar, conseguindo com o magro dinheiro que lhe sobrava poupar o suficiente para conseguir comparar a sua própria roupa e calçado (que acabava partilhando com a irmã que entretanto também deixara de pedir dinheiro aos pais).

Os pais receberam a notícia da desistência um bocado em choque mas acabaram por “aceitar”.

Visto que o seu desejo sempre esteve intimamente ligado com as artes vasculhou, procurou até que encontro o curso ideal para si, que se enquadrava nos seus gostos e com alguma saída profissional – Animação e Produção Cultural.
Deparou-se então com um problema: na sua cidade paixão, o Porto, só existia uma faculdade que leccionava o curso que pretendia frequentar e essa faculdade era privada!
Mas não se acanhou, procurou emprego e garantiu aos pais que seria ela a pagar a frequência do curso com todos os gastos que isso poderia acarretar. Trabalhou 4 meses a tempo inteiro e reuniu o dinheiro suficiente para pagar a inscrição e a matrícula. Passou no exame nacional, teve média suficiente e matriculou-se. Decidiu que o seu futuro valia o esforço do presente e tomou a decisão de continuar a trabalhar ao fim-de-semana não se importando com tudo o que a sua juventude pudesse vir a perder com essa decisão. O seu futuro estava em primeiro lugar!
O trabalho corria bem, começava a fazer novos amigos e parecia que finalmente a vida começara a sorrir-lhe. Mas cada vez que estava em casa tudo se desmoronava novamente com as cruéis palavras que a sua mãe fazia questão de lhe lançar, mais cortantes que quaisquer punhais. Era como se quanto mais feliz ela estivesse mais motivos a mãe tinha para a fazer sentir mal.

A sua relação com a mãe nunca fora das melhores. A mãe teve uma vida difícil, de privação e sofrimento e acreditara que ao casar a sua vida fosse melhorar, mas depressa demais veio a primeira filha e as privações continuavam.
Por um lado ela percebia a mãe, tinha uma profissão que não a realizava mas não podia desistir ou mudar porque provocaria demasiada instabilidade financeira numa família apenas com dois salários mínimos e três “crianças” na escola.
Mas a mãe nunca percebera (ou acreditara) que a filha desse valor ao sacrifício que fazia e sempre tratará as filhas com alguma distância e frieza.

Era uma mãe capaz das palavras mais frias, de fazer a filha sentir-se um peso para ela mesmo com todo o seu esforço para ser o mais financeiramente independente possível dos pais.

Frases como: “Eu não vou sustentar-te toda a vida” e “Eu não preciso de ti para nada”, eram pedaços do seu dia-a-dia que lhe pesavam na alma como nódoas negras eternas. Hoje foi mais um desses dias, onde teve que ouvir estas palavras e sentir um nó na garganta com as palavras que não conseguia dizer, que não conseguiam ser ditas…

“Oh mãe, se soubesses o quanto te amo, o quanto me pesa não ser a filha que querias que fosse, que as minhas decisões te magoem e te façam pensar que não prezo e não entendo o esforço que fazes! Mãezinha, eu amo-te tanto, porque me magoas com essas palavras assim…”

Mais do mesmo (continuação do post anterior)!

É uma pena que as minhas vibrações positivas só funcionem para os outros...

E esta maré de azar... Não há maneira de se ir embora...

Isto de no espaço de duas semanas bater com o carro, receber más notícias (no campo amoroso), espirrar sem parar devido a um valente resfriado e para brindar ficar sem computador, é dose!

Ou seja, todos os campos da minha vida (financeiro, amoroso, saúde e estudos) foram bafejados por um azar incrível... Tudo na mesma altura! Coincidências? Talvez... mas deixo um apelo a possíveis causadores de tamanho mau-fortunio, não têm motivos para me invejar, acreditem em mim, não têm, por isso podem parar com o mau-olhado ou lá que seja!

E aos meus amigos também deixo um apelo... muitas energias positivas aqui pro meu lado sim? Que ando mesmo a precisar! :(

Luto

O meu portátil morreu!
O meu companheiro de 2 anos decidiu abandonar-me e levar com ele as minhas recordações!
Fiquei sem as minhas fotos, sem as minhas músicas, sem os meus textos, sem as minhas ideias, sem uma boa parte da minha VIDA!

E não me venham com o "Oh, não penses nisso agora, deve ter arranjo!" ; "Tenta pensar positivo!"

Não há pensamento positivo possível numa situação destas....
Perdi uma boa porção da minha liberdade, de poder falar com o mundo à hora que me apetecesse, agora estou restrita a partilhar um pc com a minha irmã e com a minha mãe, o que tornará certamente a minha vida ligeiramente mais vazia. Porque confesso, o computador já fazia parte de mim, era uma estensão do meu próprio corpo e já estava tão na minha rotina ligar a internet, ver os mesmos sites diáriamente (cujos endereços também perdi)...

Estou desolada :(

E agora? que faço? será que tem arranjo? e melhor, será que eu tenho capacidades para pagar o arranjo? Porque uma coisa é certa, dinheiro para um novo é coisa que não tenho!

O meu aniversário está aí à porta, não querem fazer uma "vaquinha" e comprar um "menino" novo pra mim?

Vou continuar a rezar para que seja só uma birra e ele volte a funcionar... Porque isto de tentar ligá-lo e só ver preto à frente deixa-me mesmo de luto! Bahhhhh :'(
E este vai ser mais um post sem fotos... visto que fiquei sem elas...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Adenda ao último minutinho nostálgico

Descobri hoje de manhã que a RTP2 é mesmo fantástica, acabou de me dar mais um motivo para continuar a ser o meu canal de eleição! E qual foi esse motivo? Pelos vistos o meu irmão afinal tem o privilegio de assistir ao "Rei Babar"... ^^


- Oh! Não sabia que estes desenhos davam outra vez!
- Davam quando eras pequenina?
- Davam sim, via sempre...
- Eu também vejo sempre!



Afinal este mundo não está assim tão perdido :p

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Como não ando muito inspirada para escrever aqui nos últimos dias hoje vou só deixar aqui os meus parabéns ao aniversariante do dia!

Parabéns João! ^^

E obrigada pela paciência... lol :)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cruzes...

E isto de estar por casa sem nada de interessante para fazer deu nisto...





Parece que virei menina prendada xD

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Vem sentar-te comigo...

Hoje acordei com um enorme sorriso nos lábios.
Inspirei fundo e senti-me invadida pela felicidade de te ter mais perto!
Caminhei descalça até ao banho, sentindo o frio do chão contrastar com o calor que me aquecia o coração esta manhã...
Enquanto a água morna descia pelo meu corpo imaginava-me regressar ao meu quarto e encontrar-te lá à minha espera!
Enxuguei-me lentamente enquanto observava a minha pela a brilhar com as pequeninas gotas de água que me cobriam...
Regressei ao quarto onde não estavas e deitei-me sobre a cama, a mirar o tecto que um dia quero encher de estrelas.
E adormeci...
Nesse meu pequeno sono fui acolhida num sonho, num verdadeiro sonho...

Estávamos sentados num jardim, descalços, sentindo a relva fresca no meio dos dedos e riamos juntos devido provavelmente a qualquer parvoíce que eu possa ter dito. E no meio das nossas gargalhadas como que instintivamente as nossas mãos uniram-se.
Coramos, e afastamos as mãos rapidamente, irremediavelmente assaltados pela timidez...

E o que não passava de um daqueles sonhos em que somos espectadores e ficamos simplesmente a assistir ao desenrolar dos acontecimentos tornou-se num daqueles sonhos que nos parecem tão reais como se estivessem efectivamente a acontecer.

Ficamos a olhar-nos por momentos e o carinho que via nos teus olhos aquecia-me o coração de uma maneira que quase chorei...
Com a minha mão esquerda segurei a tua mão esquerda voltada para cima e o meu indicador direito percorreu toda a tua linha da vida, enorme, como a minha, e sorri...
Perguntaste-me porque sorri e respondi fugazmente, com um brilho nos olhos:
"Vais aturar-me tantos anos"
Sorriste também e as palavras "ainda bem" saíram da tua boca como que flutuando magicamente até mim.
Sentia todo o meu corpo vibrar de antecipação, continuava a sentir a tua mão na minha, desta vez não a afastaste e com um sorriso matreiro a desenhar-se nos teus lábios voltaste-a e agarraste a minha. Fechei os olhos, incontrolável e inconscientemente, e só os voltei a abrir quando senti a tua respiração e os teus lábios tocarem a minha testa.

O teu sorriso trocista continuava ali, como que a provocar-me, assim como as tuas palavras...
"Pequenos gestos! Do que mais gostas, certo?" E num impulso a minha mão largou a tua, os meus braços envolveram-te o pescoço e abracei-te, apertado, toda eu junto a ti. Toda eu esperança, toda eu expectativa, enquanto os teus braços me rodeavam a cintura e o teu rosto se afundava no meu cabelo.
Afastamo-nos ligeiramente, o suficiente para nos olharmos, e instintivamente os nossos lábios uniram-se, e o formigueiro que senti percorrer-me todo o corpo foi tão intenso que me fez acordar.


Fiquei sentada na cama uns bons momentos, digerindo o sonho do qual acordava, sentindo a pulsação por todo o meu corpo, sentia-me latejante, a formigar, vibrante, estranhamente feliz como se o sonho estivesse em iminência de acontecer...


Sei que assim o não é! Sei que "espera" é a palavra que me vai acompanhar por mais uns tempos, talvez para sempre, talvez só até o meu coração se cansar de tanta velocidade de batida...

A mim resta-me ficar assim, num estado de latência, num semi-sono que me faz suspirar pela casa, que me faz sentir com 15 anos...


Sonhar é muito bom, mas é uma pena enorme quando sonhos tão lindos demoram ou nem chegam a realizar-se...



Vem meu pequenino, vem realizar o meu sonho, vem sentar-te comigo!

Reflexão do dia #1

É incrível como gestos tão simples quando provenientes das pessoas de quem gostamos podem provocar danos tão grandes!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Minutinho nostálgico #2



E tenho mesmo pena que o meu irmão não tenha o privilegio de assistir a estes desenhos animados... E destes acho que toda a gente se lembra! ^^