E sai um pensamento fresquinho...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A memória e os aromas

Por certo que já aconteceu à maioria das pessoas que um aroma desperte memórias, quer de pessoas, quer de lugares ou momentos.

Hoje a lembrança de uma pessoa perseguiu-me e só ao fim do dia percebi porquê!

Para onde quer que me virasse sentia no ar um aroma que não me deixava esquecer momentos que, não tendo acontecido mas povoarem os meus sonhos, faziam nascer em mim uma terrível sensação de nostalgia.

E lá andava eu nostálgica sem perceber de onde provinha o perfume que tanto me atormentava.

Cada vez que me aproximava dos detergentes associava o perfume talvez ao cheiro da tua roupa, mas mesmo longe daquela secção o cheiro estava impregnado na atmosfera que me rodeava de lembranças. E então percebia que nem o teu cheiro conhecia. Então porque me fazia recordar de ti aquele aroma?

Remoí e remoí, pensei e procurei perceber o porquê de sentir que me perseguias. E então fez-se luz nesta minha cabecinha massacrada com sonhos que aquele cheiro persistente fez surgir na minha mente tão vivamente que sentia como se as tuas mãos afagassem os meus cabelos, como se os teus lábios se recostassem nos meus entregando-me o beijo que em sonhos te prometi. A culpa foi toda daquela pequenina amostra de perfume que perfila em frente ao meu espelho e que esta manhã resolvi usar em substituição ao meu usual perfume. E porquê? Ao chegar a casa de mais um dia de trabalho, recostei-me na minha cama e percebi que esse perfume é o que coloquei no ursinho que me faz companhia todas as noites (sim, tenho 21 e durmo com um ursinho… lol) e ao qual me abraço a pensar em ti.

Nessa noite voltei a sonhar contigo. Mas desta vez tinhas rosto!

Aproximavas-te de mim lentamente, com esse teu olhar de admiração com o qual me fazias sentir perfeita. Olhavas-me nos olhos e sorrias. Depois aproximavas-te mais um pouco, tão perto que quase sentia a tua respiração. A tua mão lentamente tocava o meu rosto, e então embevecida no momento reclinava a minha cabeça na direcção da tua mão e semicerrava os olhos. Então percebias que há muito que sou tua.

O teu braço rodeava-me a cintura, e num abraço de saudade e compreensão mutua de desejo fundíamo-nos num beijo apaixonado que há muito tempo as nossas bocas procuravam… Depois deixavas-me descansar a minha cabeça no teu ombro, enquanto percebia que tinhas a altura perfeita e que nunca me tinha sentido tão confortável num abraço tu sussurravas-me ao ouvido que sempre sonhaste comigo.


Este texto é dedicado ao meu amiguinho Marco, não por ser o protagonista do meu sonho... lol Porque não é! Mas porque no meio de uma conversa sobre sonhos me desafiou a postar aqui no blog o próximo sonho que tivesse.
Bem Marco, aqui está! =)

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