Entrar pela porta dourada, aquela pela qual todos ambicionam. Sonhamos encontrar por trás dela todos os desejos platónicos e todos os quereres julgados inatingíveis. E ao termos o vislumbre de ter a porta tão perto ficamos cegos de felicidade. Tão cegos que nem nos apercebemos que afinal é mais uma porta de bronze cujo brilho se deve ao reflexo do sol nascente nas gotículas de orvalho que se abateram sobre mais uma porta que nos surge ao acordarmos de mais uma noite de entrega aos anjos nocturnos que nos guardam a alma. Ao vermos a verdade a nossa visão nubla-se com os átomos de água que se precipitam dos nossos olhos quando somos inundados pela tristeza que nos traz o sentimento de desilusão. Mas nesse momento os raios de sol fazem os olhares cintilarem tal como a porta de bronze. E nós, simples peões da jogada cósmica do universo, atravessamos mais uma porta guiados pelo brilho que os nossos olhos imitem, qual candeia de esperança em mais um caminho de expectativas e quem sabe, de felicidade…
1 comentário:
A felicidade vive de expectativas e não da verdade... as expectativas despertam-nos a fantasia... a fantasia desperta-nos o sonho... e o sonho faz-nos felizes. A realidade "verdadeira"... essa é por demais desinteressante ao ponto de nos deixar sem um pouco de vontade de a querer viver. Belo espaço... espero que não te tenhas importado com o comentário.
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