Um a um foram-se misturando aos resíduos líquidos de uma sociedade muito pouco sólida.
No meio da imensidão de detritos tornaram-se unos com o fundo onde se embrenharam.
Sumiram, sucumbiram ao cheiro nauseabundo dos esgotos de mentiras e falsidades que entram e saem da boca desta assembleia humana cada vez mais desumana.
Está a chover! Afinal não, é só mais um cano roto vindo dos telhados de vidro desta vizinhança que é o universo.
Como anseio pela chuva! Não as chuvas ácidas formadas pela evaporação dos sonhos gotejantes que se corromperam e dissiparam das mentes dos puros por serem demasiado verdadeiros para esta multidão hipócrita que se cruza no nosso caminho diariamente.
Quero a chuva que lava a alma, a chuva que purifica, que nos relembra a limpeza e integridade, que nos entrega a felicidade de não ter vergonha de sonhar!
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