Hoje esta sensação de vazio levou-me a pegar no lápis.
É quando escrevo que o vazio desaparece e se enche de palavras.
Com as palavras nunca me sinto só. As palavras que escrevo são pedaços de mim que se tornam exteriores a mim e me fazem companhia.
Quando escrevo sinto-me transcender, sinto-me observar-me e percebo melhor o que realmente sinto.
E olho o Douro! Olho o Douro e a água passa. Não passa porque o olho, passa porque tem de passar!
Porque a vida é assim, e as coisas boas passam mesmo quando não queremos e as más passam, porque têm de passar...
Penso na primeira vez que olhei o Douro desta varanda e lembro-me do que senti.
Lembro-me de me sentir bem aqui, mas esse sentimento perdeu-se...
Passou!
Agora fica em mim a sensação do fantasma, da ausência, da solidão.
Da solidão!
O gosto amargo de ver que o bom passou!
Vejo o metro na ponte D. Luís. Olho em redor e vejo o sol reflectido nos telhados.
Deixei avançar a corrente!
O barco já vai longe...
Talvez seja tarde... talvez seja tarde demais!
Sinto-me incompreendida, parece que já pouco resta aqui para mim senão a varanda, os telhados e o Douro!
É quando escrevo que o vazio desaparece e se enche de palavras.
Com as palavras nunca me sinto só. As palavras que escrevo são pedaços de mim que se tornam exteriores a mim e me fazem companhia.
Quando escrevo sinto-me transcender, sinto-me observar-me e percebo melhor o que realmente sinto.
E olho o Douro! Olho o Douro e a água passa. Não passa porque o olho, passa porque tem de passar!
Porque a vida é assim, e as coisas boas passam mesmo quando não queremos e as más passam, porque têm de passar...
Penso na primeira vez que olhei o Douro desta varanda e lembro-me do que senti.
Lembro-me de me sentir bem aqui, mas esse sentimento perdeu-se...
Passou!
Agora fica em mim a sensação do fantasma, da ausência, da solidão.
Da solidão!
O gosto amargo de ver que o bom passou!
Vejo o metro na ponte D. Luís. Olho em redor e vejo o sol reflectido nos telhados.
Deixei avançar a corrente!
O barco já vai longe...
Talvez seja tarde... talvez seja tarde demais!
Sinto-me incompreendida, parece que já pouco resta aqui para mim senão a varanda, os telhados e o Douro!